sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Foi no dia 19 de abril de 2005...

sexta-feira, 25 de novembro de 2005
... que, a partir do balcão da Basílica de São Pedro, se ouviram as palavras:

Annuntio vobis gaudium magnum;
habemus Papam:

Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum Josephum
Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Ratzinger
qui sibi nomen imposuit Benedictum XVI


Palminhas! Muita gente feliz! Muita gente contente! A Praça de S.Pedro ao rubro!
Até aqui tudo bem! Sem grande espiga!

Sabia-se que era um homem de pensamento lógico, até mesmo cartesiano! Indivíduo
de forte personalidade e valores rígidos!

Adivinhava-se o confronto com a comunidade homosexual! Ora pois, que com as notícias de ontem, podemos afirmar que o Papa Bento XVI desferiu o primeiro golpe dentro da sua própria, chamemos-lhe, comunidade, ao excluir homosexuais do sacerdócio!

Usando do mesmo pensamento cartesiano, isto é nada mais que discriminação por força da orientação sexual! Mas a discriminação não termina aqui, pois inclui também quem "apresentar tendências homossexuais profundas ou apoiar a chamada cultura gay".

Ora, com a breca, isto já é gente a mais, convenhamos!

O que é que se pode considerar uma pessoa com tendências homossexuais profundas?
Que tipo de atitudes e tendências são essas? São detectáveis por análise à urina?

Exercício prático de detecção de tendências homossexuais profundas:

Caso 1.
Um homem que usa roupa vistosa, cara e de marca. Ele é...?

Hipótese A) Metrosexual
Hipótese B) Homosexual
Hipótese C) Joseph Ratzinger (ou já se esqueceram de quando o próprio Sumo Pontífice surpreendeu meio mundo quando surgiu com uns vistosos – e caros – sapatos de marca Prada, hein?)




Caso 2.
Um homem é constantemente visto na companhia de outros homens, trajando com indumentárias tipicamente femininas. Ele é...?

Hipótese A) Um homem normal. É carnaval!
Hipótese B) Homosexual numa Gay Parade!
Hipótese C) Joseph Ratzinger (o séquito do papado - denote-se que esta palavra não é um ataque vulgar mas sim uma referência correctíssima - enverga algo semelhante a um vestido... com grande predominância para a cor púrpura. Andam sempre em bando. E falando em peças de vestuário, o brasão do actual Papa tem como elemento uma estola de lã...)


Huuummm... tendências homossexuais profundas? (E eu nem sequer investigo as raízes da palavra «Papamobil»...)

Vamos lá a pôr a mãozinha na consciência e pensar que estamos a falar do Papa Bento XVI!

Vou já terminar... com uma pequena elação de ideias, talvez um pouco puritanistas da minha parte (sei lá!).

Na "Instrução" que que vai ser publicada a 29 de Novembro pelo Osservatore Romano, o órgão de imprensa do Vaticano, sublinha-se que, embora os homossexuais tenham direito ao "respeito", a igreja considera os "actos" homossexuais como "pecados graves" e em todos os casos a homossexualidade como uma "desordem".

Façamos um pequeno flashback até 19 de Agosto deste ano (dia muito importante porque era véspera do meu aniversário!), quando, em Colónia, o Purpurado (esta eu vi num site de índole cristã por isso é perfeitamente correcto de usar) proferiu: "o amor não tem um porquê, é um dom gratuito ao que se responde com a entrega de si mesmo."

Pois então (por favor, acompanhem-me), quando dois homosexuais praticam o chamado acto sexual, podemos dizer que partilham amor, independentemente se o fazem enquanto casal que partilha a vida a dois ou numa "one night stand"!

Se ainda não perceberam onde quero chegar, adianto esta ideia.

Segundo se diz, Deus criou o Amor!
Então o Amor é um acto de Deus!
Onde há Amor, Deus está presente!
Se há Amor entre casais, Deus está entre os casais!
Se há casais homosexuais, Deus está com os casais homosexuais!
Se há casais, homosexuais ou não, então é porque Deus existe, porque Deus é, na essência de tudo o que faz de nós humanos, Amor!

Não esqueçamos que o Papa é um homem, objecto de emoções! Lá terá as dele, eu terei as minhas e quem ler isto tem todo o direito às suas!

Permitam-me terminar com uma chalaça (já todos a sabem mas eu tenho aqui uma imagem que tem um toque único de ironia):


Palavras, leva-as o "Bento"!


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