sábado, 30 de dezembro de 2006
última dúvida de 2006
A chave que fecha outro ano
Chorei porque aquilo por que tanto tinha lutado, perdi. Perdi também o sentido e tenho pela frente um caminho que terei de percorrer sozinha. Não receio o que desconheço, não receio curvas, receio apenas palmilhar caminhos sozinha.
Se em tempos tinha a certeza de ter encontrado o que queria, hoje tenho a certeza de já nada me restar desses tempos. Não me resta a confiança, não me resta a sinceridade no riso, não me resta nem a sensação de conseguir falar com alguém. Quantas vezes acontece rir mas no fundo pensar que nem sei porque o faço.
Como em muitos momentos da vida, se perguntassem se faria algo diferente, é claro que faria diferente. É claro que haveriam coisas que não repeteria, é claro que mudava outras tantas, só para preservar o que tinha. Porquê? Porque esta pausa que fiz do mundo do dia-a-dia fez com que caísse num vazio muito escuro, com paredes que reflectem aquilo que durante meses não quis ver. Pela primeira vez fecho com clareza e odeio o que vejo. Por odiar, choro. Porque neste exacto momento, enquanto chove lá fora, não sei o que fazer. Não foi este o futuro que quis para mim. Em que ponto me perdi dele, nem sei. Mas sei que não era aqui que queria estar. Não era aqui.
Aos que me conhecem, se perguntarem no novo ano se estou bem, não encontrarão outra resposta que não seja estou bem e, com sorte, um pequeno riso sustentará este argumento que encerrará a conversa. Para quem pensar que estou armada em parva, poderá ser, e apenas digo que aquilo que me resta não é bonito de ser ver, por isso até ao dia que vislumbrarem aquilo que os meus olhos vêm, pois que continuarei armada em parva.
Admito que de pouco me serve continuar a chorar, por isso aqui encerro esta sessão. Daqui a um ano, espero estar noutro ponto. Continuarei com a mágoa de que nem tudo acaba bem como nos filmes, nem todos têm direito a um final feliz, com um dueto de cordas afinadas. Há finais imperfeitos em que as cordas dos duetos simplesmente se partem.
Considerando bem, mais do que mágoa, é sabedoria. Daquela sabedoria que doi, mas mesmo assim, sabedoria.
E apesar de tudo, coisas boas entraram para o registo deste ano que acaba. Reencontrei família que julgava perdida, os mesmos tios de sempre, os mesmo primos de sempre, outros novos. Dos pequeninos aos grandes, dos eloquentes aos homens de trabalho árduo, dos que são mais afastados mas que no entanto quase vivem ao virar da esquina.
Reecontrei amigos, que das profundezas se foram erguendo e que com sinais, uns mais barulhentos que outros, deixaram ver que afinal nem tudo é mau.
Conheci novas pessoas que provaram que ainda é possível surpreender esta "velha" carcaça.
Em género de conclusão, acordarei no novo ano diferente. Mais reclusa das respostas não encontrei. Mais positiva porque daqui as coisas só poderão melhorar. Menos segura porque definitivamente, daqui para a frente, serei só eu e eu.
Voltarei no próximo ano a este meu confessionário. Daqui a dois dias, mais coisa, menos coisa.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
The search continues...
Estou prestes a fazer a terceira visita, novamente em bairro típico. Levo companhia especializada, no entanto, aqui ficam alguns conselhos para quem, como eu, procura um cantinho:
1. Nunca fiar na aparência exterior do edifício. O pior camafeu pode ocultar um tesouro!
2. Mancha castanha = mau sinal, significa infiltração. Pontinhos escuros pode ser apenas (reforço que pode) sujidade. Pontinhos negros + mancha castanha = Muito mau sinal...
3. A vista da janela não servirá de conforto em noites frias.
4. Para o caso do chão flutuante literalmente flutuar, pergunta quem fez o mau trabalho. Pode servir para baixar o preço, ou então serve de motivo para passar à outra casa que está na lista.
5. Quando até a própria vendedora diz que não comprava a casa da forma como está, é porque ninguém de juízo perfeito compraria.
Estes fui aprendendo e tenho a certeza que amanhã terei mais...
Fingers crossed!
E enquanto não encontro a minha casinha...
Para além de que ficará muito bem em qualquer cantinho da (futura) cozinha!
Pena é que quando abri a caixa, não estava lá nenhum Clooney...
Publicidade enganosa...
sábado, 9 de dezembro de 2006
"As minhas pernas começaram a tremer, senti um frio no estômago e tive que sair.."
Confesso que me debato com a dúvida de saber quem fazia de avó e por quem terá sido papada...
Se estalar, está a resultar!
Prova disso foi a pontinha de baba que se acumulou no cantinho da boca. Apenas dois minutos após a entregua tímida às mãos da profissional, já alarvemente pensava "Mais! Por favor, MAIS!" Com música relaxante e massagens de óleos quentes, vi o paraíso! Foram necessárias várias pressões estratégicas para eliminar uma inflamação, com um ruidoso som de ossinhos a estalarem, que tinha na coluna e que, a curto prazo, me iria trazer graves problemas na zona lombar. Foi isto que me "venderam". Não quero saber dos fundamentos científicos que deram azo a este diagnóstico. Sei que gostei e no meu cérebro ecoavam gritos de prazer: "Não pares! MAIS! MAIS!" A seguir, Acupuntura! Quando pensava que iria sentir dores... nada! Foram apenas cinco agulhas, mas bem que podiam ter sido mil! Nova massagem para aquecer as zonas assinaladas com as agulhas, que provocou uma sensação de calor muito agradável! "Yes baby, YES!" Para finalizar, novo passeio das mãos, para retirar agulhas e descontrair. E aconteceu! As mãos deslizaram até um certo ponto e eis que surge o primeiro trejeito denunciador de... cócegas! Acho que saltei... não sei bem. Encerrando as hostes, momento de Quiriopatia. Já de pé, implicou que a profissional me agarrasse e levantasse no ar. Escusado dizer, não resisti. Acabei a sessão à gargalhada... E com a promessa de que voltarei!
Mind the little white dog
Não aprovo.
No entanto, desenvolvi a capacidade de activar o "mute" nos momentos em que acontece este desastre paternal e evito um "Porcalhão!" em equivalente sonoridade!
Qualquer outra pessoa que o faça, habilita-se a ouvir este ou qualquer outro impropério (dito de lado e em jeito de fuga)!
Porém, hoje fez-se justiça!
Não que o chão tenha ripostado! Mas calhou que o cão do meu pai fosse a passar no momento em que o "projéctil" foi lançado!
Acho que as minhas gargalhadas foram ouvidas nos jardins da Expo...
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
Não é moda... é alergia!
Mas tanto ar fresco também tem os seus inconvenientes... e sem entrar nos pormenores gráficos de espirrar e ter de assoar tão a sul da fossa nasal...
PS.: Estas so called sources são do melhor que há para uma boa terapia de riso!
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
terça-feira, 5 de dezembro de 2006
banda sonora "O presente"
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós... sei lá eu o que queres dizer.
Despedir-me de ti, "Adeus, um dia, voltarei a ser feliz."
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Triste é o virar de costas, o último adeus sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim...
Escutar quem sou e se ao menos tudo fosse igual a ti...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender. (...)
É o amor que chega ao fim. Um final assim, assim é mais fácil de entender... (...)
The Gift
Cantar em português também é bonito!
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Fui, vi, agarrei, não larguei, esgatanhei e venci!
1 de Dezembro do Ano de Sua graça 2006. Stockmarket. 19H00.
Dos milhares de mutantes que acorreram a este canto da galáxia, este é o meu espólio! Em castanho... convenhamos... A metade do preço!
Viva eu! Viva!
E sair de lá com vida também foi um feito notável!
Let's get out of here! Warp speed, Mr.Warf!
sábado, 2 de dezembro de 2006
terça-feira, 28 de novembro de 2006
Sabedoria Chinesa
"Things will undoubtedly get better"... Não funcionou com o bolinho, que conheceu um fim trágico.
"Things will undoubtedly get better"... Funcionará comigo?
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
banda sonora for a Vampire
Come into these arms again
And lay your body down
The rhythm of this trembling heart
Is beating like a drum.
It beats for you, it bleeds for you
It knows not how it sounds.
For it is the drum of drums
It is the song of songs.
Once I had the rarest rose that
ever deigned to bloom.
Cruel winter chilled the balm,
And stole my flower too soon
O loneliness, O hopelessness
To search the ends of time,
For there is in all the world
No greater love than mine.
Love....Still falls the rain.
Be mine forever...
Let me be the only one
To keep you from the cold.
Now the floor of heaven is laid,
Its stars of brightest glow.
They shine for you.
They shine for you.
They burn for all to see.
Come into these arms again
And set this spirit free.
Lá fora é outro mundo...
A minha fortaleza cresce, as janelas deixam de abrir, as portas são seladas e o meu reino firma fronteiras.
E, num momento de clareza angustiante, percebo que odeio estar sozinha...
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
Fiquei com vontade...
E aquelas botas foooofas da «Sugar»...
Vintage rules!
Redescobrir...
Procurei-a e, som atrás de som, redescobri toda a banda sonora do filme Dracula de Bram Stoker, do Francis Ford Coppolla.
E a quantidade de memórias que logo vieram à superfície! De tantas vezes ver o filme decorei diálogos, escolhi as cenas preferidas, descobri grandes personagens...
E tudo isto regressou, como uma onda, só porque voltaram a soar os acordes sombrios e inquietantes de Wojciech Kilar. Consigo rever a Mina a apaixonar-se pelo Conde Dracula, a pedir para ser salva da morte... consigo ver o filme todo. Por alguma razão, um dos meus filmes favoritos de sempre!
I'm a deviant artist
Tenho uma página para colocar as minhas fotos e sujeitá-las à apreciação de outros deviant artists. Não sou profissional mas orgulho-me do primeiro elogio que recebi, apenas dois minutos depois de ter colocado esta fotografia online!
Querem espreitar?
http://anatrindade77.deviantart.com/
Casino Royale
O filme é bom, a história está bem contada, as piadas (sim, existem e não são poucas) encaixam na acção, o actor é um bom actor, o mau da fita é um bom actor e alguns clichés "bondianos" caem por terra!
Admirem este diálogo:
James Bond: Give me a Martini.
Barman: Shaken or stirred?
James Bond: Do I look like I give a damn?
No geral, pode-se dizer que é um dos melhores filmes de James Bond! A interpretação do agente 007 por Daniel Craig ultrapassa as de Pierce Brosnan! Está lá em cima, com as de Sean Connery... mas apenas um degrauzinho abaixo...
terça-feira, 21 de novembro de 2006
"First entry: Portugal!" 1982
domingo, 19 de novembro de 2006
Complicada
De se querer ser objecto de afecto. De correr atrás do que parece fugir. De apagar uma história e recomeçar outra, e outra, e outra... até finalmente poder descansar os olhos cansados, deitar a cabeça numa almofada e cruzar as mãos com outras mãos que nos encontram numa total entrega. De alma despida, sem mentiras, sem farsas, sem dores, sem fantasmas, sem segredos.
Ser mulher é um permanente desejar.
Serei feliz e completa quando descobrir as mãos que me conheçam sem disfarces.
O caminho que levo para as encontrar não conheço. Por elas, espreitarei todas as vielas e recantos porque, com elas saberei finalmente o que significa realmente ser também desejada.
Esta é uma promessa que faço... por mim.
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
Take a Bow, Muse
Bring corruption to all that you touch.
Hold, you’ll behold,
And behold and for all that you’ve done.
And Spell, cast a spell,
Cast a spell on the country you run.
And risk, you will risk,
You will risk all their lives and their souls.
And burn, you will burn,
You will burn in hell, yeah you’ll burn in hell.
You’ll burn in hell, yeah you’ll burn in hell for your sins.
Ooohhh.
Our freedom is consuming itself,
What we've become is contrary to what we want
Take a bow.
Death, you bring death and destruction to all that you touch.
Pay, you must pay
You must pay for your crimes against the earth.
Hex, feed the hex
Feed the hex on the country you love
Beg, you will beg
You will beg for their lives and their souls.
Yeah,
Burn, you will burn,
You will burn in hell, yeah you’ll burn in hell,
You’ll burn in hell, yeah you’ll in hell,
Burn in hell, yeah you'll burn in hell for your sins.
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
Back to the good old days
É bom ver que há coisas que não se alteram.
No barco, reviver a experiência da dança de joelhos para evitar o contacto com o desconhecido da frente que está a ler um livro de Isabel Allende (cortesia do Círculo de Leitores que agora oferece marcadores), a chiadeira das rampas de acesso que oscilam com o vai vem das águas do rio, aquele cheiro característico a mofo, as caras sonolentas que se juntam à minha e formam um quadro pitoresco...
Tinha saudades disto e nem sabia!
Mas confesso que não achei piada quando o meu cacilheiro foi ultrapassado por um catamaran do Barreiro em plena recta final da viagem...
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Choque de Titãs
Resta-me esperar o nascer do sol.
Começa a incomodar-me
Não tarda alguém faz daquilo um toque polifónico e o mundo ficará cheio de Nellys histéricas...
E que tal alguém dizer à moça que se diz "SIM" e não "IÉ"...
Nelly, amori, se não consegues falar português, não insistas. Nós não levamos a mal e o Camões, do túmulo, agradece.
E como por cá se diz, sempre evitas que te saia "o tiro pela culatra".
domingo, 12 de novembro de 2006
Ataque de espirros
O segundo alívio é;
O terceiro já faz doer a garganta;
A partir do quarto, começo a fungar...
O quinto passeia no nariz mas parece gostar de fazer de vai vem...
Porque será que sempre que espirro fecho os olhos?
Será para os globos oculares não saltarem das órbitas?
Ou algo mais nobre? ... para evitar estabelecer contacto visual com os "bichinhos" virulentos?
Ou melhor ainda...
Vou-me assoar para acabar com esta sucessão de perguntas inúteis...
sábado, 11 de novembro de 2006
Sally's Song - The Nightmare Before Christmas
That feels like tragedy's at hand
And though I'd like to stand by him
Can't shake this feeling that I have
The worst is just around the bend
And does he notice my feelings for him?
And will he see how much he means to me?
I think it's not to be
What will become of my dear friend?
Where will his actions lead us then?
Although I'd like to join the crowd
In their enthusiastic cloud
Try as I may, it doesn't last
And will we ever end up together?
no, I think not, it's never to become
For I am not the one...
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Aqui cesso a tua existência.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
"Foda-se"... isto merece um Nobel!
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.
A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem. O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar.
O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”
Então:
Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e
foda-se!!!
Mas não desespere:
Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”
Atente no que lhe digo!
sábado, 28 de outubro de 2006
Primo, o Bandido voltou!
Desta vez vinha atrelado a uma Bela.
Descobri que foram feitos 4 filmes disto!
Tremo de pensar o que farei à televisão quando transmitirem a terceira película deste seriado intitulado "Bandido, Bandido, Bandido".
Que nunca duvidem daquilo que digo!
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Portugal - Stand up show
sábado, 21 de outubro de 2006
Neste mundo, há gente boa e gente... menos equilibrada
A primeira vítima foi a minha própria viatura! Vizualizem a curva do Mónaco, marginal de Cascais, 01H30 de uma noite de chuva. Acrescentem um carro capotado... et voilá, têm o cenário completo.
A segunda vítima, não por minha culpa, mas morreu nas minhas mãos ao quilómetro 13,1 da A2 sentido Setúbal - Lisboa.
Um dos pontos positivos é que descobri que ainda há pessoas dispostas a ajudar outras, senão nunca teria saído do carro vítima nº1. Pé no tablier, outro no banco e eis que estamos no tejadilho do carro, tal e qual como quem sai da uma escotilha de um submarino. E quando estamos prontos a saltar para o chão daquilo que parece um arranha-céus, alguém que pareceu ter 2 metros e tal de altura, nos agarra pela cintura e com toda a delicadeza nos coloca no chão.
Uma mão cheia de gente que se disponibiliza a colocar o carro na sua posição natural, a preocupação de alguém que grita "Vem aí a polícia, vista o colete!", outro alguém que vai a correr buscar o seu próprio colete para que a polícia não me multasse até que outro grita "Não é preciso, ela já o encontrou!".
As mulheres que logo acorreram para ver se estava em choque e que com grande espanto diziam "Mas você está muito calma", ao que a minha resposta soava a frase feita com um honesto "Só eu sei como estou por dentro". Os polícias que ficaram à chuva durante uma hora até que chegasse a Brigada de Trânsito. Os agentes da BT que acreditaram quando lhes disse a sorrir "Pode fazer o teste de alcool à vontade. Tenho a certeza que para além de acusar um iogurte, vai dizer que estou com muita fome!"
Com a segunda vítima porém, o caso mudou de figura, já que padeceu de um mal eléctrico fulminante. Marcante foi a personagem do Rebocador Suicida que insistia em acelarar e desacelarar ao ritmo do "Playback" de Carlos Paião. Com o passar das horas, o corpo começava a ressentir-se do incidente anterior, com as primeiras dores a manifestarem-se, o que fez do resto da viagem algo de dolorosamente desagradável. Para não falar no facto de, para recuperar os meus bens, o suicida teve o desplante de me mandar subir ao falecido carro, em cima do reboque. E eu que já não estava para me dar ao trabalho de discutir a ciência do cavalheirismo, fiz o que ele me mandou.
Resumindo, em menos de oito horas, armei e desarmei triângulo duas vezes, vesti e despi colete duas vezes, accionei a assistência em viagem duas vezes e entrei em contacto directo com diferentes agentes da BT duas vezes.
De certeza que mereço uma distinção, quem sabe até uma menção honrosa no Livro dos Records do Guinness...
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Alto e pára o deboche!
Mas para mim chega! Acabou!
Há tanto tempo que convivo com esta revolução a que chamo cabelo que acabei por o aceitar! Querem estar no ar? Ó filhos, quem sou eu para vos dizer que não! (Cada um dos folícolos capilares que aqui habitam tem uma personalidade própria e respondem por número de série.)
Agora, esfregarem na cara dos desgraçados mentiras... pois que isso já não vale!!!
Santa Paciência!
Todos sabem que nem metade do que aparece nas revistas resiste à primeira décima de percentagem de humidade ou velocidade de vento!
E para quê dar nomes estranhos aos penteados? Hein? Para quê?
Framesi? Sleek?? Se querem dizer cabelo seboso, digam-no! Sem vergonhas!
Há quem tenha de conviver com coisas piores, como piolhos!
16 de Outubro
Nem a propósito, estreia esta semana o filme que retrata a vida desta rainha francesa, a partir do momento que esta, aos 14 anos, se torna noiva do do futuro rei Luis XVI.
Eu tive a oportunidade de assitir à ante-estreia do filme «Marie Antoinette», da Sofia Coppola, e acabada a película, entrei em contradição com o resto do mundo civilizado e disse: "Coitada! Aquelas víboras francesas..."
Adorei o filme, a banda sonora, a imagem, tudo!!! Divino!!!
Acabamos por descobrir uma nova personagem da história francesa. Uma adolescente que queria agradar a tudo e todas, que adorava comprar roupas, experimentar penteados novos e cada vez mais ousados, que tinha autênticas orgias de açúcar, que seduzia e era seduzida... em suma, uma real mulher, como todas somos!
Eu gostei! Principalmente da combinação musical que mistura música do Século XVIII com sons punks e contemporâneos!
Acho que a genialidade do filme se condensa, em jeito de amostra, numa única cena. Marie Antoinette a comer doces que nem uma doida ao som de "I Want Candy", dos Bow Wow Wow. Génio! Puro Génio!
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Madredeus na Venezuela
«No hay lugar como Lisboa...»
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
Estão-me a atacar!
De uma ilha para o Mundo
Ele há dias em que realmente dá gosto ler jornais em que as manchetes se definem por cadências de elogios, afrontas e poéticas previsões metereológicas:
Aqui é que se está bem!
O mal vem de fora, tem um nome e uma nacionalidade.
Morreu o homem mais velho do mundo e morava aqui onde se está mesmo bem!
O nosso ditador é bondoso.
Aqui é que se está bem, ai está, está!
O nosso ditador está nos nossos corações.
O sol está sempre connosco por isso se está muito bem aqui!
Não acreditam? Testemunhai, infiéis!
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
Conversas de final de dia no escritório
- Ó pá! Vá lá!
- Mas... Isto é grande!
19:37
- O cliente está a mandar um beijinho para este gajo...
20:09
- Sim, cospe para cima de mim!
20:54
- Não me deixes aqui sozinha! (dito por gajo com 1,86m de altura)
20:59
- Diz o que me disseste ao pé da minha colega de quarto... de casa, casa! (o gajo... ninguém o pára!)
"É sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência" - Marquês de Sade
terça-feira, 10 de outubro de 2006
Tenho uma coisa por anjos!
O que vem é a campanha de publicidade da Diesel. Com anjos.
«Diesel Heaven» é o título da campanha da conhecida marca de jeans. Tratam-se de imagens a preto e branco que chocam de frente com o conceito generalizado e idealizado de anjo enquanto figura casta e imaculada.
Onde já se viu um anjo com mau feitio a mostrar "o dedo" descaradamente?
Ou quem é que alguma vez se atreveu assentar a mão no santo rabiosque?
A conclusão a que chego é que gosto! Gosto de ver o sagrado completamente profanado. De ver o puro completamente decadente.
Gosto de opostos e contradições? Pois gosto!
Que não me passe à frente o gajo que criou o Times New Roman
E uma brilhante ideia se desvendou: está em fase de preparação um concurso para a criação de uma fonte tipográfica com o nome de Fernando Pessoa.
Será, então, uma letra conservadora, enigmática e tendenciosa no que diz respeito a crises de personalidade.
Resta saber se as cirroses serão igualmente fatais aos escritos impressos com a letra do nosso poeta.
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Somos uma mina de ideias para Hollywood
Ideia #2: casal jovem furta veículo automóvel de transporte de mercadorias, vulgo carripana. Perseguição louca acaba em confronto unilateral. Só a polícia tem balas e uma vai direitinha à cabeça do "Clyde" que já conta com um cadastro do tamanho de um rolo de papel de cozinha. Polícia a contas por ter pontaria.
Sem contar com os corriqueiros Apito Dourado, Envelope Nove e Processo Casa Pia mas, no meio de tanta tragédia, alguma servirá a um Oliver Stone ou Coppola. Até lá, o cinema português que se alimente do dia-a-dia do país, que nada fica a dever a uma LA ou Las Vegas.
E que não nos faltem as «Balas e Bolinhos» desta vida!