Lá de longe, alguém de olhos em bicos escreveu: "Things will undoubtedly get better". Pôs a mensagem num bolinho que viajou para as mãos de alguém perdido em terras de sua majestade que, lá de longe, mas de cá mais perto, me delegou a sorte. "Things will undoubtedly get better"... Não funcionou com o bolinho, que conheceu um fim trágico. "Things will undoubtedly get better"... Funcionará comigo?
Come into these arms again And lay your body down The rhythm of this trembling heart Is beating like a drum. It beats for you, it bleeds for you It knows not how it sounds. For it is the drum of drums It is the song of songs.
Once I had the rarest rose that ever deigned to bloom. Cruel winter chilled the balm, And stole my flower too soon O loneliness, O hopelessness To search the ends of time, For there is in all the world No greater love than mine.
Love....Still falls the rain. Be mine forever...
Let me be the only one To keep you from the cold. Now the floor of heaven is laid, Its stars of brightest glow. They shine for you. They shine for you. They burn for all to see. Come into these arms again And set this spirit free.
Ao fim-de-semana magoa mais, corta mais fundo. Dois dias de tortura em que descubro que cada vez mais compreendo que, deste mundo, nada entendo... A minha fortaleza cresce, as janelas deixam de abrir, as portas são seladas e o meu reino firma fronteiras. E, num momento de clareza angustiante, percebo que odeio estar sozinha...
Há pouco tempo tive vontade de ouvir uma música. Uma música em particular. Procurei-a e, som atrás de som, redescobri toda a banda sonora do filme Dracula de Bram Stoker, do Francis Ford Coppolla. E a quantidade de memórias que logo vieram à superfície! De tantas vezes ver o filme decorei diálogos, escolhi as cenas preferidas, descobri grandes personagens... E tudo isto regressou, como uma onda, só porque voltaram a soar os acordes sombrios e inquietantes de Wojciech Kilar. Consigo rever a Mina a apaixonar-se pelo Conde Dracula, a pedir para ser salva da morte... consigo ver o filme todo. Por alguma razão, um dos meus filmes favoritos de sempre!
Desde sábado passado que sou uma Deviant! Tenho uma página para colocar as minhas fotos e sujeitá-las à apreciação de outros deviant artists. Não sou profissional mas orgulho-me do primeiro elogio que recebi, apenas dois minutos depois de ter colocado esta fotografia online! Querem espreitar? http://anatrindade77.deviantart.com/
Fui ontem ver, com a expectativa de ter uma desilusão, pois "007 há só um, o Sean Connery e mais nenhum". Porém... Existe um belo sucessor! Ladies and gentemen, bow to the new James Bond!
Daniel Craig/James Bond num singelo fatinho de banho da Speedo... cai bem, o fatinho!
O filme é bom, a história está bem contada, as piadas (sim, existem e não são poucas) encaixam na acção, o actor é um bom actor, o mau da fita é um bom actor e alguns clichés "bondianos" caem por terra! Admirem este diálogo: James Bond: Give me a Martini. Barman: Shaken or stirred? James Bond: Do I look like I give a damn?
Mads Mikkelsen/ Le Chiffre... até o mau é bom! Muito bom...
No entanto, não posso deixar de exprimir a minha consternação com a ausência do "Q"! O que é que fizeram ao John Cleese??? No geral, pode-se dizer que é um dos melhores filmes de James Bond! A interpretação do agente 007 por Daniel Craig ultrapassa as de Pierce Brosnan! Está lá em cima, com as de Sean Connery... mas apenas um degrauzinho abaixo...
Há primeira, o choque é grande... depois até se pensa como é que ainda não ganhámos o primeiro lugar! Tínhamos tudo: um videoclip de introdução altamente tecnológico (com direito a slow motion e tudo), o look d'Artagnan, a coreografia aeróbica...Acho que o problema sempre foram os juízes... esses gatunos!
... esta coisa de se ser mulher. De se querer ser objecto de afecto. De correr atrás do que parece fugir. De apagar uma história e recomeçar outra, e outra, e outra... até finalmente poder descansar os olhos cansados, deitar a cabeça numa almofada e cruzar as mãos com outras mãos que nos encontram numa total entrega. De alma despida, sem mentiras, sem farsas, sem dores, sem fantasmas, sem segredos. Ser mulher é um permanente desejar. Serei feliz e completa quando descobrir as mãos que me conheçam sem disfarces. O caminho que levo para as encontrar não conheço. Por elas, espreitarei todas as vielas e recantos porque, com elas saberei finalmente o que significa realmente ser também desejada. Esta é uma promessa que faço... por mim.
Corrupt, you corrupt, Bring corruption to all that you touch.
Hold, you’ll behold, And behold and for all that you’ve done.
And Spell, cast a spell, Cast a spell on the country you run.
And risk, you will risk, You will risk all their lives and their souls.
And burn, you will burn, You will burn in hell, yeah you’ll burn in hell. You’ll burn in hell, yeah you’ll burn in hell for your sins.
Ooohhh. Our freedom is consuming itself, What we've become is contrary to what we want Take a bow.
Death, you bring death and destruction to all that you touch.
Pay, you must pay You must pay for your crimes against the earth.
Hex, feed the hex Feed the hex on the country you love
Beg, you will beg You will beg for their lives and their souls.
Yeah, Burn, you will burn, You will burn in hell, yeah you’ll burn in hell, You’ll burn in hell, yeah you’ll in hell, Burn in hell, yeah you'll burn in hell for your sins.
Os autocarros dos TST e os barcos da Transtejo têm a mesma aparência de há 10 anos atrás. É bom ver que há coisas que não se alteram. No barco, reviver a experiência da dança de joelhos para evitar o contacto com o desconhecido da frente que está a ler um livro de Isabel Allende (cortesia do Círculo de Leitores que agora oferece marcadores), a chiadeira das rampas de acesso que oscilam com o vai vem das águas do rio, aquele cheiro característico a mofo, as caras sonolentas que se juntam à minha e formam um quadro pitoresco... Tinha saudades disto e nem sabia! Mas confesso que não achei piada quando o meu cacilheiro foi ultrapassado por um catamaran do Barreiro em plena recta final da viagem...
Chega a noite e instala-se a discórdia. O emocional e o racional colidem. Por muito que pense que não faz sentido, não consigo afastar ideias que merecem estar enterradas. Enquanto a lógica pede para olhar para o futuro, sinto-me presa a um tal descontentamente da alma que apenas encontra resposta numa imagem mental: gritos e fúrias. Tal como a luz e a escuridão não existem no mesmo lugar, não consigo existir em paz. Não há entendimento. Só quero acabar com esta angústia. Resta-me esperar o nascer do sol.
O riso da Nelly Furtado. Não tarda alguém faz daquilo um toque polifónico e o mundo ficará cheio de Nellys histéricas... E que tal alguém dizer à moça que se diz "SIM" e não "IÉ"... Nelly, amori, se não consegues falar português, não insistas. Nós não levamos a mal e o Camões, do túmulo, agradece. E como por cá se diz, sempre evitas que te saia "o tiro pela culatra".
O primeiro é um alívio; O segundo alívio é; O terceiro já faz doer a garganta; A partir do quarto, começo a fungar... O quinto passeia no nariz mas parece gostar de fazer de vai vem...
Porque será que sempre que espirro fecho os olhos? Será para os globos oculares não saltarem das órbitas? Ou algo mais nobre? ... para evitar estabelecer contacto visual com os "bichinhos" virulentos?
Ou melhor ainda... Vou-me assoar para acabar com esta sucessão de perguntas inúteis...
I sense there's something in the wind That feels like tragedy's at hand And though I'd like to stand by him Can't shake this feeling that I have The worst is just around the bend And does he notice my feelings for him? And will he see how much he means to me? I think it's not to be
What will become of my dear friend? Where will his actions lead us then? Although I'd like to join the crowd In their enthusiastic cloud Try as I may, it doesn't last And will we ever end up together? no, I think not, it's never to become For I am not the one...
Foda-se, Por Millôr Fernandes (adaptado) O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me. "Não quer sair comigo?! - então, foda-se!" "Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!" O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. "Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"? "Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática. A Via Láctea tem estrelas comó caralho! O Sol está quente comó caralho! O universo é antigo comó caralho! Eu gosto do meu clube comó caralho! O gajo é parvo comó caralho! Entendes? No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem. O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida. Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo: "Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...) Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos. Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça. E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai levar no olho do cu!"? Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!". Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!" Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!” Então: Liberdade, Igualdade, Fraternidade e foda-se!!! Mas não desespere: Este país … ainda vai ser “um país do caralho!” Atente no que lhe digo!