segunda-feira, 21 de abril de 2008

from now on, there is no point in anything

segunda-feira, 21 de abril de 2008
a perda do brilho, a falta de vontade, a ausência da força. Factos da vida que me assiste viver. Dos passos a dar até chegar a um destino vazio, onde nada cresce, nada nasce. Apenas e só vazio. Escuro, frio, isolado. Solidão. Não há calor que sobreviva nem vida que renasça. Resigno-me. É tudo o que posso fazer. Aceitar o que sou, aceitar onde me encontro. Aceitar o choro. Aceitar a falta do teu amparo.
Desisto de procurar respostas. Estou cansada. Prefiro fechar os olhos e deixar-me levar por este negrume. Passar para o outro lado e viver na sombra de uma vida que não é minha, roubando rasgos de bondade e alegria por onde passar, vivê-los sabendo que não são meus. Contentar-me com os restos que caem sem dono, secos e privados de sabor.
Os meus braços estão caídos em sinal de derrota. Não há quem lute por mim. Não há quem me resgate.
Neste vazio, as portas foram fechadas e seladas. Por mim. Para fugir. Para não mais viver fora daqui.
Aceito sem discutir, sem regatear, com a esperança de que esta penitência possa absolver-me.
Quem sabe quando. Um dia. Mesmo que seja no derradeiro.

1 had an opinion:

Unknown

Podes aceitar, porque o que não tem remédio, remediado está. Mas não podes perder o brilho, nem a vontade e muito menos a força. Vá, talvez um bocadinho só, mas por pouco tempo! Se os perderes deixas de ser quem és!
Deves aceitar, com o brilho no olhar, que tu fechaste as portas, mas as janelas vão acabar por abrir!!

Beijos muito grandes e um abraço bem quente e com muita amizade!

 
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