sábado, 30 de dezembro de 2006

última dúvida de 2006

sábado, 30 de dezembro de 2006 0
As cuecas azuis usam-se antes, durante ou depois do Ano Novo?

A chave que fecha outro ano

Com o novo ano prestes a dar os primeiros passos, despeço-me do ano velho com alguma mágoa. Destes últimos dias, gozados com uma ligeira graça de férias, dei por mim num luxo que há muito não desfrutava: parar e olhar para o que aconteceu. E pela primeira vez, chorei.

Chorei porque aquilo por que tanto tinha lutado, perdi. Perdi também o sentido e tenho pela frente um caminho que terei de percorrer sozinha. Não receio o que desconheço, não receio curvas, receio apenas palmilhar caminhos sozinha.

Se em tempos tinha a certeza de ter encontrado o que queria, hoje tenho a certeza de já nada me restar desses tempos. Não me resta a confiança, não me resta a sinceridade no riso, não me resta nem a sensação de conseguir falar com alguém. Quantas vezes acontece rir mas no fundo pensar que nem sei porque o faço.

Como em muitos momentos da vida, se perguntassem se faria algo diferente, é claro que faria diferente. É claro que haveriam coisas que não repeteria, é claro que mudava outras tantas, só para preservar o que tinha. Porquê? Porque esta pausa que fiz do mundo do dia-a-dia fez com que caísse num vazio muito escuro, com paredes que reflectem aquilo que durante meses não quis ver. Pela primeira vez fecho com clareza e odeio o que vejo. Por odiar, choro. Porque neste exacto momento, enquanto chove lá fora, não sei o que fazer. Não foi este o futuro que quis para mim. Em que ponto me perdi dele, nem sei. Mas sei que não era aqui que queria estar. Não era aqui.

Aos que me conhecem, se perguntarem no novo ano se estou bem, não encontrarão outra resposta que não seja estou bem e, com sorte, um pequeno riso sustentará este argumento que encerrará a conversa. Para quem pensar que estou armada em parva, poderá ser, e apenas digo que aquilo que me resta não é bonito de ser ver, por isso até ao dia que vislumbrarem aquilo que os meus olhos vêm, pois que continuarei armada em parva.

Admito que de pouco me serve continuar a chorar, por isso aqui encerro esta sessão. Daqui a um ano, espero estar noutro ponto. Continuarei com a mágoa de que nem tudo acaba bem como nos filmes, nem todos têm direito a um final feliz, com um dueto de cordas afinadas. Há finais imperfeitos em que as cordas dos duetos simplesmente se partem.

Considerando bem, mais do que mágoa, é sabedoria. Daquela sabedoria que doi, mas mesmo assim, sabedoria.

E apesar de tudo, coisas boas entraram para o registo deste ano que acaba. Reencontrei família que julgava perdida, os mesmos tios de sempre, os mesmo primos de sempre, outros novos. Dos pequeninos aos grandes, dos eloquentes aos homens de trabalho árduo, dos que são mais afastados mas que no entanto quase vivem ao virar da esquina.

Reecontrei amigos, que das profundezas se foram erguendo e que com sinais, uns mais barulhentos que outros, deixaram ver que afinal nem tudo é mau.

Conheci novas pessoas que provaram que ainda é possível surpreender esta "velha" carcaça.

Em género de conclusão, acordarei no novo ano diferente. Mais reclusa das respostas não encontrei. Mais positiva porque daqui as coisas só poderão melhorar. Menos segura porque definitivamente, daqui para a frente, serei só eu e eu.

Voltarei no próximo ano a este meu confessionário. Daqui a dois dias, mais coisa, menos coisa.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

The search continues...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006 2
Isto de se procurar uma casa em Lisboa tem muito que se lhe diga. É com cada desilusão que se apanha de vez em quando! E aquilo que às vezes parece decadente, revela-se o mais interessante!
Estou prestes a fazer a terceira visita, novamente em bairro típico. Levo companhia especializada, no entanto, aqui ficam alguns conselhos para quem, como eu, procura um cantinho:
1. Nunca fiar na aparência exterior do edifício. O pior camafeu pode ocultar um tesouro!
2. Mancha castanha = mau sinal, significa infiltração. Pontinhos escuros pode ser apenas (reforço que pode) sujidade. Pontinhos negros + mancha castanha = Muito mau sinal...
3. A vista da janela não servirá de conforto em noites frias.
4. Para o caso do chão flutuante literalmente flutuar, pergunta quem fez o mau trabalho. Pode servir para baixar o preço, ou então serve de motivo para passar à outra casa que está na lista.
5. Quando até a própria vendedora diz que não comprava a casa da forma como está, é porque ninguém de juízo perfeito compraria.

Estes fui aprendendo e tenho a certeza que amanhã terei mais...
Fingers crossed!

E enquanto não encontro a minha casinha...

Esta já é minha! Tenho níveis mínimos de cafeína que precisam de cumpridos. Com ou sem casa, esta maquineta garante a sobrevivência em qualquer altura!
Para além de que ficará muito bem em qualquer cantinho da (futura) cozinha!
Pena é que quando abri a caixa, não estava lá nenhum Clooney...
Publicidade enganosa...

sábado, 9 de dezembro de 2006

"As minhas pernas começaram a tremer, senti um frio no estômago e tive que sair.."

sábado, 9 de dezembro de 2006 0
162 páginas que relatam os amores e desamores de uma jovem da fina flor portuense com um "grande" homem do futebol nacional. A Dom Quixote orgulha-se de juntar ao portfolio de escritores como António Lobo Antunes e José Cardoso Pires, a estreante Carolina Salgado (Colecção: Projectos Especiais). Algumas das revelações de "Eu, Carolina" são... digamos... não sei... trágico-cómicas?! O primeiro encontro no bar de alterne, a primeira dança (consta que foi uma música de Sting) e brincadeiras eróticas sob o tema do Capuchinho Vermelho...
Confesso que me debato com a dúvida de saber quem fazia de avó e por quem terá sido papada...

Se estalar, está a resultar!

Estreie-me no mundo das massagens! Convém especificar... massagens medicinais! E desengane-se quem pense que a experiência decorreu em algum centro de estética! Nada disso! Foi mesmo no rés-do-chão de uma habitação transformada em clínica de medicina tradicional chinesa. E foi Booooooommmm!
Prova disso foi a pontinha de baba que se acumulou no cantinho da boca. Apenas dois minutos após a entregua tímida às mãos da profissional, já alarvemente pensava "Mais! Por favor, MAIS!" Com música relaxante e massagens de óleos quentes, vi o paraíso! Foram necessárias várias pressões estratégicas para eliminar uma inflamação, com um ruidoso som de ossinhos a estalarem, que tinha na coluna e que, a curto prazo, me iria trazer graves problemas na zona lombar. Foi isto que me "venderam". Não quero saber dos fundamentos científicos que deram azo a este diagnóstico. Sei que gostei e no meu cérebro ecoavam gritos de prazer: "Não pares! MAIS! MAIS!" A seguir, Acupuntura! Quando pensava que iria sentir dores... nada! Foram apenas cinco agulhas, mas bem que podiam ter sido mil! Nova massagem para aquecer as zonas assinaladas com as agulhas, que provocou uma sensação de calor muito agradável! "Yes baby, YES!" Para finalizar, novo passeio das mãos, para retirar agulhas e descontrair. E aconteceu! As mãos deslizaram até um certo ponto e eis que surge o primeiro trejeito denunciador de... cócegas! Acho que saltei... não sei bem. Encerrando as hostes, momento de Quiriopatia. Já de pé, implicou que a profissional me agarrasse e levantasse no ar. Escusado dizer, não resisti. Acabei a sessão à gargalhada... E com a promessa de que voltarei!

Mind the little white dog

Cumprindo a tradição masculina portuguesa, o meu pai faz parte da tribo dos cuspidores de chão. É daqueles que "puxa" sonoramente e ... puft!... toma lá que já tens o chão enfeitado!
Não aprovo.
No entanto, desenvolvi a capacidade de activar o "mute" nos momentos em que acontece este desastre paternal e evito um "Porcalhão!" em equivalente sonoridade!
Qualquer outra pessoa que o faça, habilita-se a ouvir este ou qualquer outro impropério (dito de lado e em jeito de fuga)!
Porém, hoje fez-se justiça!
Não que o chão tenha ripostado! Mas calhou que o cão do meu pai fosse a passar no momento em que o "projéctil" foi lançado!
Acho que as minhas gargalhadas foram ouvidas nos jardins da Expo...

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Não é moda... é alergia!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006 1
Quando todos pensavam que sofria de Alzheimer, eis que chega um cavaleiro andante, de máscara e luvas assépticas, e esclarece que tudo não passa de uma medida de prevenção.
Mas tanto ar fresco também tem os seus inconvenientes... e sem entrar nos pormenores gráficos de espirrar e ter de assoar tão a sul da fossa nasal...
PS.: Estas so called sources são do melhor que há para uma boa terapia de riso!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

I spy with my little eye...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006 0

... a home!

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

banda sonora "O presente"

terça-feira, 5 de dezembro de 2006 1
Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei

Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós... sei lá eu o que queres dizer.

Despedir-me de ti, "Adeus, um dia, voltarei a ser feliz."

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.

Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.

Talvez por não saber falar de cor, imaginei.

Triste é o virar de costas, o último adeus sabe Deus o que quero dizer.

Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim...

Escutar quem sou e se ao menos tudo fosse igual a ti...

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.

Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender. (...)

É o amor que chega ao fim. Um final assim, assim é mais fácil de entender... (...)
The Gift

Cantar em português também é bonito!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Fui, vi, agarrei, não larguei, esgatanhei e venci!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006 1
Captain's Log:
1 de Dezembro do Ano de Sua graça 2006. Stockmarket. 19H00.
Dos milhares de mutantes que acorreram a este canto da galáxia, este é o meu espólio! Em castanho... convenhamos... A metade do preço!
Viva eu! Viva!
E sair de lá com vida também foi um feito notável!

Let's get out of here! Warp speed, Mr.Warf!








sábado, 2 de dezembro de 2006

Alguém que me explica essa piada da tranquilidade?!?!

sábado, 2 de dezembro de 2006 1
Tudo isto para desviar a atenção do desaire do 1º de Dezembro... e do penteado...

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Sabedoria Chinesa

terça-feira, 28 de novembro de 2006 1
Lá de longe, alguém de olhos em bicos escreveu: "Things will undoubtedly get better". Pôs a mensagem num bolinho que viajou para as mãos de alguém perdido em terras de sua majestade que, lá de longe, mas de cá mais perto, me delegou a sorte.
"Things will undoubtedly get better"... Não funcionou com o bolinho, que conheceu um fim trágico.
"Things will undoubtedly get better"... Funcionará comigo?

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

banda sonora for a Vampire

segunda-feira, 27 de novembro de 2006 0

Come into these arms again
And lay your body down
The rhythm of this trembling heart
Is beating like a drum.
It beats for you, it bleeds for you
It knows not how it sounds.
For it is the drum of drums
It is the song of songs.

Once I had the rarest rose that
ever deigned to bloom.
Cruel winter chilled the balm,
And stole my flower too soon
O loneliness, O hopelessness
To search the ends of time,
For there is in all the world
No greater love than mine.

Love....Still falls the rain.
Be mine forever...

Let me be the only one
To keep you from the cold.
Now the floor of heaven is laid,
Its stars of brightest glow.
They shine for you.
They shine for you.
They burn for all to see.
Come into these arms again
And set this spirit free.

Lá fora é outro mundo...

Ao fim-de-semana magoa mais, corta mais fundo. Dois dias de tortura em que descubro que cada vez mais compreendo que, deste mundo, nada entendo...
A minha fortaleza cresce, as janelas deixam de abrir, as portas são seladas e o meu reino firma fronteiras.
E, num momento de clareza angustiante, percebo que odeio estar sozinha...

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Fiquei com vontade...

sexta-feira, 24 de novembro de 2006 0
de voltar à "Outra Face da Lua" para comprar aquele vestido dourado dos anos 60!
E aquelas botas foooofas da «Sugar»...

Vintage rules!

Redescobrir...

Há pouco tempo tive vontade de ouvir uma música. Uma música em particular.
Procurei-a e, som atrás de som, redescobri toda a banda sonora do filme Dracula de Bram Stoker, do Francis Ford Coppolla.
E a quantidade de memórias que logo vieram à superfície! De tantas vezes ver o filme decorei diálogos, escolhi as cenas preferidas, descobri grandes personagens...
E tudo isto regressou, como uma onda, só porque voltaram a soar os acordes sombrios e inquietantes de Wojciech Kilar. Consigo rever a Mina a apaixonar-se pelo Conde Dracula, a pedir para ser salva da morte... consigo ver o filme todo. Por alguma razão, um dos meus filmes favoritos de sempre!

I'm a deviant artist

Desde sábado passado que sou uma Deviant!
Tenho uma página para colocar as minhas fotos e sujeitá-las à apreciação de outros deviant artists. Não sou profissional mas orgulho-me do primeiro elogio que recebi, apenas dois minutos depois de ter colocado esta fotografia online!
Querem espreitar?
http://anatrindade77.deviantart.com/

Casino Royale

Fui ontem ver, com a expectativa de ter uma desilusão, pois "007 há só um, o Sean Connery e mais nenhum". Porém... Existe um belo sucessor! Ladies and gentemen, bow to the new James Bond!

Daniel Craig/James Bond num singelo fatinho de banho da Speedo... cai bem, o fatinho!
O filme é bom, a história está bem contada, as piadas (sim, existem e não são poucas) encaixam na acção, o actor é um bom actor, o mau da fita é um bom actor e alguns clichés "bondianos" caem por terra!
Admirem este diálogo:
James Bond: Give me a Martini.
Barman: Shaken or stirred?
James Bond: Do I look like I give a damn?

Mads Mikkelsen/ Le Chiffre... até o mau é bom! Muito bom...

No entanto, não posso deixar de exprimir a minha consternação com a ausência do "Q"! O que é que fizeram ao John Cleese???
No geral, pode-se dizer que é um dos melhores filmes de James Bond! A interpretação do agente 007 por Daniel Craig ultrapassa as de Pierce Brosnan! Está lá em cima, com as de Sean Connery... mas apenas um degrauzinho abaixo...

terça-feira, 21 de novembro de 2006

"First entry: Portugal!" 1982

terça-feira, 21 de novembro de 2006 0
Há primeira, o choque é grande... depois até se pensa como é que ainda não ganhámos o primeiro lugar! Tínhamos tudo: um videoclip de introdução altamente tecnológico (com direito a slow motion e tudo), o look d'Artagnan, a coreografia aeróbica... Acho que o problema sempre foram os juízes... esses gatunos!

domingo, 19 de novembro de 2006

Complicada

domingo, 19 de novembro de 2006 4
... esta coisa de se ser mulher.
De se querer ser objecto de afecto. De correr atrás do que parece fugir. De apagar uma história e recomeçar outra, e outra, e outra... até finalmente poder descansar os olhos cansados, deitar a cabeça numa almofada e cruzar as mãos com outras mãos que nos encontram numa total entrega. De alma despida, sem mentiras, sem farsas, sem dores, sem fantasmas, sem segredos.
Ser mulher é um permanente desejar.
Serei feliz e completa quando descobrir as mãos que me conheçam sem disfarces.
O caminho que levo para as encontrar não conheço. Por elas, espreitarei todas as vielas e recantos porque, com elas saberei finalmente o que significa realmente ser também desejada.
Esta é uma promessa que faço... por mim.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Take a Bow, Muse

quinta-feira, 16 de novembro de 2006 1
Corrupt, you corrupt,
Bring corruption to all that you touch.

Hold, you’ll behold,
And behold and for all that you’ve done.

And Spell, cast a spell,
Cast a spell on the country you run.

And risk, you will risk,
You will risk all their lives and their souls.

And burn, you will burn,
You will burn in hell, yeah you’ll burn in hell.
You’ll burn in hell, yeah you’ll burn in hell for your sins.

Ooohhh.
Our freedom is consuming itself,
What we've become is contrary to what we want
Take a bow.

Death, you bring death and destruction to all that you touch.

Pay, you must pay
You must pay for your crimes against the earth.

Hex, feed the hex
Feed the hex on the country you love

Beg, you will beg
You will beg for their lives and their souls.

Yeah,
Burn, you will burn,
You will burn in hell, yeah you’ll burn in hell,
You’ll burn in hell, yeah you’ll in hell,
Burn in hell, yeah you'll burn in hell for your sins.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Back to the good old days

quarta-feira, 15 de novembro de 2006 2
Os autocarros dos TST e os barcos da Transtejo têm a mesma aparência de há 10 anos atrás.
É bom ver que há coisas que não se alteram.
No barco, reviver a experiência da dança de joelhos para evitar o contacto com o desconhecido da frente que está a ler um livro de Isabel Allende (cortesia do Círculo de Leitores que agora oferece marcadores), a chiadeira das rampas de acesso que oscilam com o vai vem das águas do rio, aquele cheiro característico a mofo, as caras sonolentas que se juntam à minha e formam um quadro pitoresco...
Tinha saudades disto e nem sabia!
Mas confesso que não achei piada quando o meu cacilheiro foi ultrapassado por um catamaran do Barreiro em plena recta final da viagem...

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Choque de Titãs

segunda-feira, 13 de novembro de 2006 1
Chega a noite e instala-se a discórdia. O emocional e o racional colidem. Por muito que pense que não faz sentido, não consigo afastar ideias que merecem estar enterradas. Enquanto a lógica pede para olhar para o futuro, sinto-me presa a um tal descontentamente da alma que apenas encontra resposta numa imagem mental: gritos e fúrias. Tal como a luz e a escuridão não existem no mesmo lugar, não consigo existir em paz. Não há entendimento. Só quero acabar com esta angústia.
Resta-me esperar o nascer do sol.

Conheço-te de onde...?







Todos temos direito a um lugar ao Sol!
Amigos ou não!
Com ou sem Borda d'Água!
Todos temos direito!

Noel e o leite




«Não me incomodo de ir comprar um litro de leite»
Noel Gallagher

Segunda-feira

Adormeci. Acho que me acalmei demais...

Vivaldi acalmou-me...

E de alma embalada, sei que dormirei mais perto dos anjos.
Boa noite...

Começa a incomodar-me

O riso da Nelly Furtado.
Não tarda alguém faz daquilo um toque polifónico e o mundo ficará cheio de Nellys histéricas...
E que tal alguém dizer à moça que se diz "SIM" e não "IÉ"...
Nelly, amori, se não consegues falar português, não insistas. Nós não levamos a mal e o Camões, do túmulo, agradece.
E como por cá se diz, sempre evitas que te saia "o tiro pela culatra".

domingo, 12 de novembro de 2006

Ataque de espirros

domingo, 12 de novembro de 2006 0
O primeiro é um alívio;
O segundo alívio é;
O terceiro já faz doer a garganta;
A partir do quarto, começo a fungar...
O quinto passeia no nariz mas parece gostar de fazer de vai vem...

Porque será que sempre que espirro fecho os olhos?
Será para os globos oculares não saltarem das órbitas?
Ou algo mais nobre? ... para evitar estabelecer contacto visual com os "bichinhos" virulentos?

Ou melhor ainda...
Vou-me assoar para acabar com esta sucessão de perguntas inúteis...

sábado, 11 de novembro de 2006

11 de Novembro, São Martinho

sábado, 11 de novembro de 2006 0



... enchi de castanhas o buchinho...
Irra, não há nada que ajude isto a ir para baixo?

Sally's Song - The Nightmare Before Christmas

I sense there's something in the wind
That feels like tragedy's at hand
And though I'd like to stand by him
Can't shake this feeling that I have
The worst is just around the bend

And does he notice my feelings for him?
And will he see how much he means to me?
I think it's not to be

What will become of my dear friend?
Where will his actions lead us then?
Although I'd like to join the crowd
In their enthusiastic cloud
Try as I may, it doesn't last

And will we ever end up together?
no, I think not, it's never to become
For I am not the one...

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

MAU - Prick (I am)

sexta-feira, 10 de novembro de 2006 0

Good Music, Good Video, Good Bunny!

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Aqui cesso a tua existência.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006 0
Para além deste reconhecimento de que em tempos exististe...
Doravante de ti nada resta, pessoa ou memória.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

"Foda-se"... isto merece um Nobel!

segunda-feira, 6 de novembro de 2006 2
Foda-se, Por Millôr Fernandes (adaptado)
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então, foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.
A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem. O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar.
O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”
Então:
Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e
foda-se!!!
Mas não desespere:
Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”
Atente no que lhe digo!

sábado, 28 de outubro de 2006

Primo, o Bandido voltou!

sábado, 28 de outubro de 2006 2
Atacou à mesma hora e no mesmo dia de semana.
Desta vez vinha atrelado a uma Bela.
Descobri que foram feitos 4 filmes disto!
Tremo de pensar o que farei à televisão quando transmitirem a terceira película deste seriado intitulado "Bandido, Bandido, Bandido".

Que nunca duvidem daquilo que digo!


Sejam 3 ou 4 da manhã, ou não!
Nunca duvidem!
Se digo que havia um pinguim laranja, com um barrete, que ensinava a ler, é porque havia!
E chamava-se Petete!

Tal como eu disse!

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Portugal - Stand up show

quarta-feira, 25 de outubro de 2006 1


«A economia vai crescer e as contas públicas vão ficar em ordem.»
José Sócrates, Primeiro Ministro da República Portuguesa

sábado, 21 de outubro de 2006

Neste mundo, há gente boa e gente... menos equilibrada

sábado, 21 de outubro de 2006 5
Em menos de oito horas, mandei dois carros para o "galheiro". Já alguém dizia que se e é para se fazer, então que se faça em grande!

A primeira vítima foi a minha própria viatura! Vizualizem a curva do Mónaco, marginal de Cascais, 01H30 de uma noite de chuva. Acrescentem um carro capotado... et voilá, têm o cenário completo.

A segunda vítima, não por minha culpa, mas morreu nas minhas mãos ao quilómetro 13,1 da A2 sentido Setúbal - Lisboa.

Um dos pontos positivos é que descobri que ainda há pessoas dispostas a ajudar outras, senão nunca teria saído do carro vítima nº1. Pé no tablier, outro no banco e eis que estamos no tejadilho do carro, tal e qual como quem sai da uma escotilha de um submarino. E quando estamos prontos a saltar para o chão daquilo que parece um arranha-céus, alguém que pareceu ter 2 metros e tal de altura, nos agarra pela cintura e com toda a delicadeza nos coloca no chão.

Uma mão cheia de gente que se disponibiliza a colocar o carro na sua posição natural, a preocupação de alguém que grita "Vem aí a polícia, vista o colete!", outro alguém que vai a correr buscar o seu próprio colete para que a polícia não me multasse até que outro grita "Não é preciso, ela já o encontrou!".

As mulheres que logo acorreram para ver se estava em choque e que com grande espanto diziam "Mas você está muito calma", ao que a minha resposta soava a frase feita com um honesto "Só eu sei como estou por dentro". Os polícias que ficaram à chuva durante uma hora até que chegasse a Brigada de Trânsito. Os agentes da BT que acreditaram quando lhes disse a sorrir "Pode fazer o teste de alcool à vontade. Tenho a certeza que para além de acusar um iogurte, vai dizer que estou com muita fome!"

Com a segunda vítima porém, o caso mudou de figura, já que padeceu de um mal eléctrico fulminante. Marcante foi a personagem do Rebocador Suicida que insistia em acelarar e desacelarar ao ritmo do "Playback" de Carlos Paião. Com o passar das horas, o corpo começava a ressentir-se do incidente anterior, com as primeiras dores a manifestarem-se, o que fez do resto da viagem algo de dolorosamente desagradável. Para não falar no facto de, para recuperar os meus bens, o suicida teve o desplante de me mandar subir ao falecido carro, em cima do reboque. E eu que já não estava para me dar ao trabalho de discutir a ciência do cavalheirismo, fiz o que ele me mandou.

Resumindo, em menos de oito horas, armei e desarmei triângulo duas vezes, vesti e despi colete duas vezes, accionei a assistência em viagem duas vezes e entrei em contacto directo com diferentes agentes da BT duas vezes.

De certeza que mereço uma distinção, quem sabe até uma menção honrosa no Livro dos Records do Guinness...

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Alto e pára o deboche!

segunda-feira, 16 de outubro de 2006 1
Todos os anos é a mesma coisa! Tudo o que é suplemento de moda começa a divulgar os penteados da estação! Bonitos, engraçados, jeitosos, volumosos...
Mas para mim chega! Acabou!
Há tanto tempo que convivo com esta revolução a que chamo cabelo que acabei por o aceitar! Querem estar no ar? Ó filhos, quem sou eu para vos dizer que não! (Cada um dos folícolos capilares que aqui habitam tem uma personalidade própria e respondem por número de série.)
Agora, esfregarem na cara dos desgraçados mentiras... pois que isso já não vale!!!
Santa Paciência!
Todos sabem que nem metade do que aparece nas revistas resiste à primeira décima de percentagem de humidade ou velocidade de vento!
E para quê dar nomes estranhos aos penteados? Hein? Para quê?
Framesi? Sleek?? Se querem dizer cabelo seboso, digam-no! Sem vergonhas!
Há quem tenha de conviver com coisas piores, como piolhos!

16 de Outubro

Neste mesmo dia, mas há uns quantos anos atrás, em 1793, Marie Antoinette era decapitada.
Nem a propósito, estreia esta semana o filme que retrata a vida desta rainha francesa, a partir do momento que esta, aos 14 anos, se torna noiva do do futuro rei Luis XVI.
Eu tive a oportunidade de assitir à ante-estreia do filme «Marie Antoinette», da Sofia Coppola, e acabada a película, entrei em contradição com o resto do mundo civilizado e disse: "Coitada! Aquelas víboras francesas..."
Adorei o filme, a banda sonora, a imagem, tudo!!! Divino!!!
Acabamos por descobrir uma nova personagem da história francesa. Uma adolescente que queria agradar a tudo e todas, que adorava comprar roupas, experimentar penteados novos e cada vez mais ousados, que tinha autênticas orgias de açúcar, que seduzia e era seduzida... em suma, uma real mulher, como todas somos!
Eu gostei! Principalmente da combinação musical que mistura música do Século XVIII com sons punks e contemporâneos!
Acho que a genialidade do filme se condensa, em jeito de amostra, numa única cena. Marie Antoinette a comer doces que nem uma doida ao som de "I Want Candy", dos Bow Wow Wow. Génio! Puro Génio!

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Madredeus na Venezuela

sexta-feira, 13 de outubro de 2006 1
Aposto que os Madredeus nunca mais tiveram uma comitiva de boas vindas tão empenhada como esta que encontraram em Caracas.

«No hay lugar como Lisboa...»

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Estão-me a atacar!

quinta-feira, 12 de outubro de 2006 0
Um iogurte de "culturas lácticas" natural acaba de me agredir!
Rebeliou-se e saltou para cima de mim.
Estropício...
Definitivamente, já tive melhores dias!

Quero duas destas na minha cozinha!

Sim, são garrafas de Azeite! E ainda dizem que há falta de ideias!
Balelas, vos digo! Balelas!

De uma ilha para o Mundo

Há um lugar no mundo onde as notícias correm ao sabor do vento e das memórias.

Ele há dias em que realmente dá gosto ler jornais em que as manchetes se definem por cadências de elogios, afrontas e poéticas previsões metereológicas:
Aqui é que se está bem!
O mal vem de fora, tem um nome e uma nacionalidade.

Morreu o homem mais velho do mundo e morava aqui onde se está mesmo bem!
O nosso ditador é bondoso.
Aqui é que se está bem, ai está, está!
O nosso ditador está nos nossos corações.
O sol está sempre connosco por isso se está muito bem aqui!

Não acreditam? Testemunhai, infiéis!

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Conversas de final de dia no escritório

quarta-feira, 11 de outubro de 2006 0
19:13
- Ó pá! Vá lá!
- Mas... Isto é grande!

19:37
- O cliente está a mandar um beijinho para este gajo...

20:09
- Sim, cospe para cima de mim!

20:54
- Não me deixes aqui sozinha! (dito por gajo com 1,86m de altura)

20:59
- Diz o que me disseste ao pé da minha colega de quarto... de casa, casa! (o gajo... ninguém o pára!)

Anda aí passarinho novo!

É colombiano, pequeno, multicolorido e chama-se Yariquies!

"É sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência" - Marquês de Sade




Eu, porém, estremeço de terror ao sentir a "desunião das moléculas"!
Não devia ter comido tantas ameixas...

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Tenho uma coisa por anjos!

terça-feira, 10 de outubro de 2006 0
Principalmente porque gosto de asas. Mas não é isso que vem agora ao caso.
O que vem é a campanha de publicidade da Diesel. Com anjos.
«Diesel Heaven» é o título da campanha da conhecida marca de jeans. Tratam-se de imagens a preto e branco que chocam de frente com o conceito generalizado e idealizado de anjo enquanto figura casta e imaculada.
Onde já se viu um anjo com mau feitio a mostrar "o dedo" descaradamente?
Ou quem é que alguma vez se atreveu assentar a mão no santo rabiosque?
A conclusão a que chego é que gosto! Gosto de ver o sagrado completamente profanado. De ver o puro completamente decadente.
Gosto de opostos e contradições? Pois gosto!

Que não me passe à frente o gajo que criou o Times New Roman

A Atypi - Association Typographique Internationale reuniu-se em Lisboa.
E uma brilhante ideia se desvendou: está em fase de preparação um concurso para a criação de uma fonte tipográfica com o nome de Fernando Pessoa.

Será, então, uma letra conservadora, enigmática e tendenciosa no que diz respeito a crises de personalidade.

Resta saber se as cirroses serão igualmente fatais aos escritos impressos com a letra do nosso poeta.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Somos uma mina de ideias para Hollywood

segunda-feira, 9 de outubro de 2006 0
Ideia #1: empresário da restauração tresloucado pela falta de resposta ao pedido de empréstimo, assalta agência bancária cujo público-alvo são pessoas que "não têm pais ricos". O assalto rapidamente evoluiu para uma situação de reféns. Consta que entre os reféns há uma grávida. Confirma-se a grávida que sai com o primeiro e único grupo de libertados. Canal de índole cristã insiste que ela ficou até ao desfecho. Empresário ensandecido alega rapto de filho para ter tomado a atitude que agora o país testemunha. Grupo de Operações Especiais soma 12 horas até reconquistar a agência das garras do meliante que apenas cedeu devido ao "camadão" de sono.

Ideia #2: casal jovem furta veículo automóvel de transporte de mercadorias, vulgo carripana. Perseguição louca acaba em confronto unilateral. Só a polícia tem balas e uma vai direitinha à cabeça do "Clyde" que já conta com um cadastro do tamanho de um rolo de papel de cozinha. Polícia a contas por ter pontaria.

Sem contar com os corriqueiros Apito Dourado, Envelope Nove e Processo Casa Pia mas, no meio de tanta tragédia, alguma servirá a um Oliver Stone ou Coppola. Até lá, o cinema português que se alimente do dia-a-dia do país, que nada fica a dever a uma LA ou Las Vegas.

E que não nos faltem as «Balas e Bolinhos» desta vida!

 
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